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Trabalhismo Dialético ou Metafisíco? Empty Trabalhismo Dialético ou Metafisíco?

24/12/20, 12:11 pm
Camaradas,

Existe uma tendência em afirmar a existência de um campo progressista, me perguntei, como bom materialista, no que consistiria essa afirmação.

A verdade é que constatei a metafísica por trás dessa propositura. Campo progressista é uma ficção de humanismo dentro de um, aparente, espectro de esquerda na política nacional.

É a negação do colapso petista, é a muleta que partidos sem estrutura se utilizam para obrigar partidos maiores ao dialogo. É um verdadeiro terrorismo midiático.

O Trabalhismo se funda em uma materialidade nacionalista, quer dizer, de desenvolvimento das forças produtivas nacionais, ou seja, o trabalhismo possuí como condição "sino quo non", o desenvolvimento da nação brasileira de maneira soberana e independente. Nosso programa, hoje, é o livro de Ciro Gomes "Projeto Nacional, o Dever da Esperança", sendo assim, qualquer aliança partidária deverá levar em consideração os ganhos materiais a favor do programa encarnado na obra.

Campo progressista, o que é?

Em minha investigação, o que se concordou em chamar de campo progressista é a compreensão de que aqueles que defendem as estruturas mínimas de dignidade humana são, por isso, progressistas. O que nos obriga ao alinhamento prático e discursivo, mesmo que, em todo o restante sejamos distintos.

Sim, campo progressista é entender que a dignidade da pessoa humana, os direitos humanos e afins são condições de civilidade, nada mais que isso. Vejam como isso é um absurdo.

Espectro de esquerda, o que é?


Compreendo por espectro de esquerda a propaganda efetuada por partidos liberais que se dizem de esquerda. Eles gritam e fazem barulho para criar esse aparente, repito, espectro de esquerda. Não existe materialidade de luta a favor do povo, existe um conjunto de prática de propagada política que nos induz a isso. São todos liberais em sua luta prática.

A via Trabalhista, o que é?

A via trabalhista consiste em atuar antagônico a essa metafísica exposta, ou seja, o espectro de esquerda que força a existência do campo progressista devem ser superados.

Não existem, de fato, esquerda brasileira e campo progressista. A materialidade do trabalhismo está em se afirmar como via, quer dizer, se o povo lhe perguntar: és de esquerda? és do campo progressista? Nós devemos, imperativamente, dizer! Não, somos Trabalhistas.

Nós somos Trabalhistas, 
Nós somos aqueles que construíram Petrobrás, Vale do Rio Doce, Eletrobrás etc., nós, não somos esses que roubaram, esses que se distanciaram do povo. Não, não somos.

Esses são os liberais de esquerda, como o PT, que roubou, e o PSOL, que se distanciou do povo.

Camaradas, o mínimo não nos une. Se eles não defendessem o mínimo, além de não lutarem pelo povo, nesse caso, se as duas condições se unissem, poderíamos chamá-los de monstros.

Abaixo o metafísico campo progressista e o aparente espectro de esquerda!
Abaixo liberais esquerdista!


Viva a luta Nacional!




Viva a luta Trabalhista e Popular!




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joaolira
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Trabalhismo Dialético ou Metafisíco? Empty O Progressismo

30/12/20, 07:11 pm
Olha, companheiro, tenho forte posição sobre isso apesar de quase-zero embasamento teórico, então já te peço um pouco de calma ao ler, porque se trata de uma questão meramente opinativa. Pra mim, o progressismo é maleável de acordo com o seu momento na história. Afinal, brizola era considerado progressista na década de 60, mesmo dentro do seu partido, o PTB. Por que? Porque ele era o mais ousado nas bandeiras que levantava, e o mais ousado dos ousados nas bandeiras do partido. Porque não tinha medo de defender aquilo que era necessário, mesmo que fosse de interesse de grandes grupos poderosos. À época, era progressismo debater reformas de base. Mesmo alguns liberais se colocaram a favor (vamos falar sobre isso).
Último tópico: depois que Brizola encampou duas multinacionais, coisa que pra mim representa Progresso, o Carlos Lacerda, forte opositor e na época governador da Guanabara, defendeu as mesmas medidas. Precisamos analisar o Progressismo com algo que pode ir de encontro com outros espectros, mas que saibamos diferenciar o que é Progresso pra nós e o que é Progresso pra "eles".

Agora, vamos lá, saindo um pouco do Sr. Leonel dos anos 60 e trazendo pra hoje.

O progressismo, hoje, se caracteriza nessa defesa de pautas que pra mim vão além da dignidade humana e dos DH. Se você parar pra pensar, consideram que a legalização da maconha é uma pauta progressista (sem questionar QUAL modelo de legalização). Ou mesmo a do Aborto. Ou mesmo uma medida liberal de "bolsa família" que dá o básico do básico e a gente chama de progresso. Já eu, acho que, a depender dos "modelos" de legalização, tem todo potencial do mundo de ser anti-progresso.

É progressista, pra mim, defender as bandeiras quaisquer que sejam, mas é anti-progressista, pra mim, defender que estas bandeiras terminem em políticas feitas dentro das regras do mercado, para o mercado e com nada fora do mercado, que conta com altos custos e taxas, com a exclusão das classes mais pobres, e com o lucro em cima daquilo que deveria ser direito.

Eu entendo progressismo como sendo a defesa de pautas e bandeiras que OU são anacrônicas demais para serem debatidas, apesar de absurdamente urgentes (como o caso das reformas de base) OU aquelas que vão de encontro com os interesses das grandes elites e de grupos que existem pra manutenção do tradicionalismo e da moral cristã.

É curioso pensar isso, e talvez seja erro histórico meu ou alguma coisa assim, mas um dos motivos-master que me empurram pro progressismo é justamente a Igreja e a tradição/moral conservadora cristã permanecida na sociedade. Eu me oponho radicalmente à isso desde moleque. Fui expulso da catequeze por questionar por quê Lúcifer não podia se rebelar contra o pai e assumir o trono (A história era tão fantasiosa pra mim, que era algo do tipo Deuses da Grécia, eu tinha 11 anos.)

Você coloca, na pergunta, que tem a ver com "uma ficção de humanismo dentro de um, aparente, espectro de esquerda na política nacional.", mas na verdade é literalmente isso e mais um pouco. Não somente humanismo, mas humanidade mesmo. E não se restringe ao campo das esquerdas, porque o liberalismo frequentemente se associa à pautas Progressistas por entender que nós somos, e sempre seremos, vitoriosos.

Quando Progressismo me vêm à mente, é sobre abalar o passado sombrio, regado de preconceitos de todos os tipos e machismos ao extremo. Se a Igreja fica puta com o fato de gays andarem de shortinho jeans, eu acho isso sensacional. Se a Igreja nos coloca como pecado, nós reagimos. Nada comportamental que fica sob status de PROIBIÇÃO, seja moral ou legal, vinga com sucesso. Ou segue-se fazendo, mesmo as escondidas, ou faz-se cada vez mais. A sociedade por vezes é indomável. A "proibição" das mulheres que levanta o feminismo, a "proibição" da maconha e do aborto que levanta essas bandeiras e a "proibição" da comunidade LGBT que inflama e intensifica as atividades do grupo. Eu acredito já ter deixado claro que não considero "pautas identitárias", nome péssimo aliás, como Progressismo. Progressismo pra mim é desafiar a ordem e cumprir o desejo de grupos desprivilegiados da sociedade.

Isso faz com que eu ache, por exemplo, muitos movimentos de carácter revolucionário minimamente progressistas, mesmo que sejam forjados de preconceitos. Porque estes movimentos têm a coragem se opor ao status quo.

Agora quero falar do tom de "lado" político que você deu à sua resposta, porque eu discordo veementemente, e acho que por motivos diferentes à depender da pauta. A maior parte das reivindicações parte de organização e articulação de pessoas da base. Vide o feminismo dos EUA, que começou como um movimento de mulheres pretas, e as mulheres brancas roubaram pra si e passaram a defender o Voto Feminino, pauta antiga das antigas feministas, e com a justificativa de que "se o homem preto pode votar, como uma mulher branca não poderia?", como relata Angela Davis.

É como se todo movimento Progressista partisse das bases, como o exemplo do feminismo dos EUA, mas por motivações diferentes é apropriado por Liberais. Isso sempre acontece e sempre aconteceu.

Amanhã, se eu começar um movimento (ex: reforma agrária) e os Liberais acharem que conseguem lucrar nessa pauta, eles vão automaticamente defender reforma sob os moldes deles. Isso faz com que o próprio progressismo convirja em pautas e divirja em práxis e modelo. Não faz do Progressismo um movimento de "falsa esquerda" ou de "liberais", mas sim um movimento inerente à espectro político, podendo sim tender aos "lados", e podendo sim ser bandeira da chamada "lib-left", ou "esquerda liberal".

Nós precismos parar de ter medo de nos associar com lutas justas, só porque X, Y ou Z partidos são associados. Isso é mais do que sectarismo, é até desonesto. Não falo de ti, companheiro, que faz a pergunta, falo dessa forma de olhar pras bandeiras políticas de outros partidos de esquerda como "inferiores". Meu irmão, minha irmã, eu acho que o PSOL tem que radicalizar, falar mais de combate ao capitalismo, falar de socialismo e intensificar o trabalho histórico-teórico do partido. Tenho inúmeras críticas ao PSOL e posso passar o dia inteiro redigindo sobre elas. A questão é que as bandeiras que eles levantam (e que nós levantamos, e tem servido pra ver quem é quem) são justas. Sejam essas bandeiras antigos tabus, ou mesmo os novos. Não to falando que é mais ou menos prioridade. Até porque, pra mim, a condução da economia e da nação tem relação direta com estas bandeiras, mas que é inerente ao momento histórico que vivemos, que nós levantemos essas bandeiras, ao mesmo tempo que levantamos nossas bandeiras ideológicas.

Muito se engana quem se difere dos outros partidos pra se sentir melhor. Quando a gente desmoraliza algo, ou alguém, a depender do teor da crítica, estamos, na verdade, nos desmoralizando com o universo. Porque, sinceramente, eu não confio em quem bate em movimento LGBTQIA+ e chama de identitário. Independente da práxis, o T de LGBT é o grupo de pessoas que mais é assassinado em todo o Brasil. Em maioria, pessoas jovens, pobres e negras. Portanto, é mais que necessário levantar a bandeira Trans, é URGENTE!

Minha principal liderança nesse partido é o Brizola, e o homem passou a vida INTEIRA pautando a defesa das crianças pobres e pretas. Era a prioridade número 1 do RS, era a prioridade número 1 do Rio de Janeiro, e a prioridade número 1 do país enquanto candidato.

Hoje, quando nossos jovens são mortos, nós banalizamos, diminuímos e batemos nos movimentos que os representam? É sério isso? ISSO PRA MIM É CANALHICE. Digno de violência até.

O mesmo vale pra quem banaliza operações policiais que, depois do excludente de ilicitude do Bolsonaro, praticamente deu carta-branca pra policiais (e agentes de segurança de todos os tipos) praticassem crimes sem serem (tão) responsabilizados. Ou seja, hoje o que nós temos é uma polícia que invade favela pra paralisar nossas aulas, nossos comércios e matar crianças pobres.

É progressista ser contra invasão na favela? Se for, sou progressista.
É progressista ser contra o Status Quo capitalista? Se for, eu sou progressista.
É progressista se colocar favorável à grupos minoritários, anti o genocídio de nossos jovens? Se for, sou progressista.

Acho essa conversa estranha, digna de muito debate mesmo, porque me surpreende muito quando alguém questiona o que é Progressismo, sendo que isso é claramente posto pela Sociedade. O que eu acho é que o progressismo tem todo o potencial do mundo de ser de esquerda, e que surge na maioria das vezes dentro da esquerda, mas que são pautas que podem ser abraçadas por alguns setores da direita e por isso precisamos ter cuidado.

O Progressismo não é de direita liberal, mas pode vir a ser. Por isso é importantíssimo que quem se considera Progressista, vá imediatamente buscar fazer um mapa ideológico do que acredita. Defender pautas vazias é easy, quero ver defender projetos, pra essas pautas, que são contra tudo que você acredita.

Digo mais: não cabe direita-progressista no PDT. Nossa bandeira é socialista.
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